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Daniel Goulart (pseudônimo Dan Tell), RS, Brasil. Após uma vida toda de mal estar e isolamento social, sem descobrir as causas exatas de minhas dificuldades, finalmente, no início de 2015, recebi, ao consultar um especialista, o diagnóstico Transtorno do Espectro Autista (TEA) de alta funcionalidade, ou Síndrome de Asperger. É uma condição que altera o funcionamento cerebral e o sistema nervoso, sendo comum uma sensibilidade maior aos estímulos do ambiente, como intensas fontes sonoras, por exemplo, o que causa mal estar, assim como as interrupções de certas rotinas e tarefas; há dificuldade  na  compreensão  de  atitudes  sociais,  com  a  tendência a um pesamento 

excessivamente lógico e de interpretação exata, literal quanto ao que se vê ou ao que se diz; um foco contínuo, e mesmo obsessivo, por um tema específico ou mais relacionados, dificultando o interesse em outros assuntos diversos.

          O isolamento social e estados depressivos me fizeram pesquisar frequentemente temas relacionados às minhas dificuldades. Desta busca resultaram livros como A Sombra do Pai, romance que é também uma investigação de processos mentais diante de traumas relacionados à figura paterna; O Muro Devorador, história baseada em fatos reais, que também expõe processos psicológicos, desta vez relacionados à ativação neurótica da ansiedade e pressa excessivas; O Resgate do Corpo Perdido; sobre o trabalho de pesquisadores que utilizaram a integração entre corpo e mente como forma de terapia; O Vicentino e o Brasil,  copilação de poemas do meu pai sobre sua vida e fatos históricos do país, sendo que exponho no prefácio a importância da busca incessante pelo conhecimento, e de como esta busca, inclusive, me levou finalmente ao diagnóstico.

            Saber que estava incluído no espectro autista foi na verdade apenas o inicio de uma grande batalha para uma condição melhor de vida. Sem condições de realizar o tratamento necessário de maneira completa e na frequência adequada, apelei judicialmente, contra meu Plano de Saúde IPE, o que somente trouxe maiores dificuldades e ansiedade, pois o Juiz entendeu que o feito não tinha urgência e o processo se estendeu para mais de dois anos. Neste período, porém, procurei complementar o tratamento que tinha condições de fazer, pesquisando na internet tudo o que encontrava sobre o Transtorno do Espectro Autista. Em grupo online no Facebook, conversei com outras pessoas com a mesma condição, troquei experiências, comparava as dificuldades com as minhas, e assim ia aprendendo cada vez mais sobre mim mesmo. Auxiliei tanto pessoas no espectro autista, como familiares, que me agradeceram por minhas indicações, conforme o que eu relatava e aprendia na minha pesquisa. Por fim, notei que tinha reunido informações suficientes para uma nova obra.  Surgiu o livro Espectro Autista – Das Trevas para o Entendimento. Saiba mais sobre esta obra clicando aqui. 

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